fevereiro 06, 2003

The Lurker e a Entropia (ou Stephen Hawking meu herói)

Ontem foi dia para encontrar, mesmo que brevemente, um grupo de amigos(as) que trafega a mesma estrada a cerca de cinco anos. É preciso que se esclareça: trata-se de um conjunto de pessoas que “compartilhou” uma equipe muito afinada, tanto afetiva quanto profissionalmente. Por motivos os mais vários, dessas coisas que a vida faz, ocorreu um afastamento (profissional) mas todos se esforçam para manter o vínculo (pessoal).

Bem, então ontem foi o dia para encontrar essas pessoas espalhadas pela esplanada. E tempo para ver o estado de desorganização e balbúrdia que está se tornando o processo de sucessão no executivo, a partir da nova (se alguma) perspectiva do governo. A confusão está tão grande que chego quase (disse quase) a sentir-me deixado de lado por não participar da azáfama coletiva.

Não, minha veia crítica não me subiu a cabeça, mas tenho baixa tolerância a desorganização (em especial no serviço público, onde o dinheiro é meu também). Veja se parece razoável que uma pessoa seja indicada para um determinado DAS, ver a publicação do ato no Diário Oficial e, nem bem seca a tinta no jornal, saber-se destituído(a) no dia seguinte? Ou um Diretor de departamento que, indicado mas não empossado, realiza reuniões com a sua (wannabe) equipe de trabalho para saber-se “desindicado” ao final de uma semana (ou no início da semana subseqüente). Ou uma terceira figura que, instada(o) a colocar seu cargo a disposição – coisa que é de sua obrigação – diz que não o fará e que, de agora em diante, trabalhará como técnico(a), manstendo suas regalias?

Pombas. Pessoas não são brinquedos: gente é gente e capivara é um bicho, como diz o Vital. Apesar da opinião do Vital contar pouco (afinal, amanuense e botafoguense são duas designações ingratas) ele tem lá sua razão. Essas gentes assumem compromissos, se preparam para mudanças sérias em suas vidas - mudam de emprego, de casa, de cidade, assumem dívidas, dizem coisas e fazem coisas que não fariam se fossem permanecer onde estão. Para depois vir a Imprensa Oficial e, oficialmente, dizer “olha, era brincadeirinha viu?” ou “tinha um sujeito com uma pistola aqui e... lembra do DAS que lhe prometeram?”.

Esta é a primeira transição de governo que posso acompanhar e, confesso, espero que as anteriores tenham se constituído em atividades mais civilizadas do que a que observo agora (a do Collor não conta e a do Roriz para o Cristóvão muito menos). Não que acredite nesta bobagem de centro-direita facistóide de que o PT está enfiando os pés pelas mãos porque não tem experiência de governo. Ora, eles também não tinham. O que eles tinham (e tem) é vontade de se locupletar. E com isso, pelo menos em parte, o PT não concorda.

The Lurker Says: “As necessidades da maioria superam aquelas dos indivíduos.” Mas, droga Spock, não esculhamba.

fevereiro 03, 2003

The Lurker e o presidente "Arbusto" (e, infelizmente, não é uma Sarça)

"Washington, DC
(Reuters)

A tragic and sad fire has destroyed the personal library of President George W. Bush. Both of his books have been lost. The president is reportedly devastated -- apparently, he had not finished coloring the second one."